Capítulo 8
Ricardo entrou no carro visivelmente furioso.
Nathan olhou por cima do retrovisor: “E então? A Sra. Resende se acalmou?”
Para todos, parecia que Sylvia estava apenas fazendo drama, pressionando Ricardo a mandar Kesia embora mais uma vez.
Ricardo massageou a testa, visivelmente irritado: “Como ela poderia se acalmar tão facilmente?”
Nathan não respondeu, mas concordava com ele.
Kesia havia reaparecido de forma abrupta, sem aviso prévio.
“Ela está falando sério sobre cancelar o casamento?”
Ricardo permaneceu em silêncio.
Ela estaria mesmo falando sério?
Lembrando–se de todos os momentos que passaram juntos nos últimos dois anos, Ricardo soltou uma risada irônica: “O que você acha?”
Ela teria coragem de fazer isso?
Nathan também pensou que parecia improvável.
Afinal, a Família Menezes a desprezava tanto que, sem casar com Ricardo, ela ficaria sem opções.
E, nos últimos dois anos, ela também havia investido muitos sentimentos em Ricardo.
Pensando nisso, Nathan também começou a acreditar que Sylvia estava apenas fazendo birra, embora de uma maneira um pouco exagerada…
Do outro lado, em Horizonte Azul.
Sylvia olhava para a pilha de documentos à sua frente, refletindo sobre o imbroglio com o cartão que usara, sentindo uma dor de cabeça se formar.
Ela pressentia que algo grande estava por vir…
Tentando não pensar mais sobre isso, depois de um longo dia escolhendo vestidos de noiva e saindo com Iris, suas pernas estavam cansadas.
Decidiu tomar um banho relaxante. Quando estava mais confortável, e já fora do banheiro, a campainha tocou insistentemente.
“Quem é?”
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Capítulo 8
Ela perguntou sem abrir a porta.
Glenda: “Sou eu, abra.”
Ao abrir a porta, Sylvia se deparou com Glenda em um vestido longo, radiante, usando um colar de pérolas.
Sua maquiagem impecável e expressão severa mostravam que vinha com um propósito.
Glenda entrou e se sentou no sofá, encarando Sylvia com autoridade.
Sylvia fechou a porta e começou a secar o cabelo.
Vendo–a tão tranquila, Glenda não conseguiu conter sua raiva.
“O que você pensa que está fazendo?”
“Eu já disse, não foi Kesia quem fez aquilo, e você a acusa logo que ela volta.”
“Além disso, espalhou aquela história sobre cancelar o casamento. Quer que toda a cidade de Orozco acredite que minha filha, a quem criei por vinte anos, não tem vergonha, roubando o
noivo dos outros?”
Glenda foi se irritando mais à medida que falava.
Sylvia largou a toalha e encarou Glenda com frieza.
Encontrando o olhar gélido de Sylvia, Glenda se enfureceu ainda mais.
“Você só vai ficar satisfeita quando toda a Família Menezes virar motivo de risada? Meu Deus,
eu não deveria ter te trazido de volta.”
Frustrada, Glenda não conseguiu esconder seu arrependimento.
Na sua cabeça, se não tivesse trazido Sylvia de volta, nada disso teria ocorrido.
Ela não estava resgatando uma filha, mas sim uma tragédia, uma maldição.
Ouvindo as palavras cheias de arrependimento de Glenda.
Sylvia soltou uma risada de desprezo: “Também acho que você nunca deveria ter me procurado. Se não tivesse feito isso, eu também não teria passado por aquele acidente.”
Não só Glenda se arrependia. Sylvia também desejava que nunca tivessem a procurado.
Glenda: “Você…”
Sylvia continuou: “Então é isso! Melhor você se esquecer que me encontrou. A partir de agora, somos estranhas uma para a outra.”
“E mais, você percebe que sua querida Kesia, criada por vinte anos, não tem vergonha? Ainda está com medo que os outros saibam?”
Sylvia realmente não havia passado muito tempo com a Familla Menezes, por isso não sentia qualquer vínculo afetivo com eles.